quinta-feira, 25 de abril de 2013

Casa do Escritor planeja um evento em parceria com o Cine Art Café e o Projeto Guri

Após as festividades em comemoração as quinhentas reuniões da Casa do Escritor Pinhalense "Edgard Cavalheiro", seus membros voltaram a se reunir em quatro oportunidades ao longo do mês de abril. Voltando a ter suas reuniões na Associação Cultural Antônio Benedicto Machado Florence, os membros da Casa do Escritor começam aos poucos a dar vida aos principais projetos que serão realizados ainda em 2013.

Um dos principais desejos é a criação de uma sede própria para a Casa do Escritor, e por isso a instituição busca o apoio do governo municipal para concretizar uma doação feita por um casal da família Florence.

Sempre com o objetivo de atrair jovens, a Casa do Escritor também planeja realizar uma parceria com o Cine Art Café e o Projeto Guri, considerado o maior programa sociocultural brasileiro. Aproveitando a comemoração do centenário de Vinícius de Moraes (1913-1980), a intenção é levar os alunos do Projeto Guri para conhecerem o funcionamento da Casa do Escritor, assistir uma palestra sobre o poeta e compositor, além de dar a oportunidade de esses alunos conhecerem o cinema. O evento com os frequentadores do Projeto Guri, que agora é mantido por Thaís Rozon, deve acontecer no início do mês de maio. Para falar sobre seu trabalho no Projeto Guri, Thaís será uma das próximas entrevistadas do programa Patrícia Françoso com Você, transmitido todas as quintas-feiras, às 20h, pela rádio Comunidade Viva - AM 106, 3.

Detalhes sobre a IV edição do Pin Pin de Literatura "Edgard Cavalheiro", que deve ser realizado em agosto, também foram discutidos, além de apresentação de ideias para que o evento conquiste ainda mais sucesso.

Além da organização dos novos projetos, foi feita uma rápida homenagem ao cantor Renato Russo (1960-1996), que caso estivesse vivo teria completado 53 anos no último dia 27 de março. O Dia Nacional da Poesia, Dia Nacional do Livro Infantil e o Dia Mundial do Livro foram lembrados ao longo do mês. Devido a essas datas importantes, o escritor José Geraldo Motta Florence foi convidado para ministrar uma paletra para jovens e comentou sobre a oportunidade, da qual foi muito bem recebido.

Um dos grandes objetivos da Casa do Escritor é a apresentação de novos autores, e por isso foi divulgado o livro Corações Entrelaçados, organizado por Leandro Schulai e com a participação da escritora pinhalense Carol Zambelli, de dezessete anos, que estreou no mercado editorial com a antologia de contos românticos. O pinhalense Pedro Marangoni, autor do livro Quimeras Incas: Uma Aventura na Amazônia, também foi lembrado.

Textos dos membros Fernando Campos Salles, Paulo Stefani, Eduardo Rezende, João Batista Rozon, Marly Bartholomei e Ricardo Biazotto, além dos escritores Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), Edgar Rizzo, Álvares de Azevedo (1831-1852), Elton SDL e Ronny Someck, entre outros,  foram lidos e discutidos, sobretudo aqueles com teor filosófico e crítico.

Por fim, a Casa do Escritor comunica que o Programa Escola da Família da Escola Estadual "Cardeal Leme" está realizando uma campanha de agasalhos e pede a doação de agasalhos de cor azul marinho para formação do uniforme de inverno dos alunos da escola. Aqueles que puderem colaborar, podem levar os agasalhos na próxima reunião ou aos sábados e domingos na própria escola.

Devido ao feriado do Dia do Trabalhador, comemorado em 1º de maio, a próxima reunião da Casa do Escritor Pinhalense "Edgard Cavalheiro" acontecerá apenas em 08 de maio. Antes disso, no dia 04, acontece o segundo encontro do Clube do Livro, que teve a data de seu encontro alterado devido a Feira Nacional do Livro de Poços de Caldas, que acontecerá entre 27 de abril e 05 de maio.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Entrevista 1# - João Batista Rozon

Como citado na última postagem, na noite do dia 27 de março os membros da Casa do Escritor Pinhalense "Edgard Cavalheiro" se reuniram para comemorar a marca histórica de 500 reuniões, e devido a isso a imprensa escrita e falada esteve presente em peso.

Logo após a apresentação de poesias, lembrando os 500 anos de literatura no Brasil, e de um descontraído coquetel, o presidente João Batista Rozon concedeu entrevistas, sendo uma delas para o programa Patrícia Françoso com Você, da Rádio Comunidade Viva, e para o blog da Casa, ambos representados por Ricardo Biazotto. Durante essa entrevista, Rozon comentou sobre a história da instituição, a alegria de comemorar quinhentas reuniões, o que Edgard Cavalheiro, caso estivesse vivo, pensaria dos projetos, entre outras coisas.

O resultado dessa entrevista, que também foi ao ar pela rádio citada, você confere logo abaixo:

Ricardo Biazotto - Como você vê essas quinhentas reuniões da Casa do Escritor?
João Batista Rozon - Pra mim é uma grande alegria e pra cidade também, é um acontecimento ímpar. Pois uma sociedade que se reúne para falar de cultura, que ao longo desses anos completa quinhentas reuniões, esse pessoal reunir semanalmente, eu acho que é uma coisa muito importante e retrata que na nossa cidade, nem todos estão alheios a cultura e ao interesse pelas artes em geral.
E que esse grupo está de parabéns de ter realizado todas essas reuniões e ter conseguido ao longo desses anos, promover vários encontros, muita coisa boa pra cidade, para os jovens, através de concursos literários, através de eventos culturais nas escolas, e recentemente, nos últimos três anos, o Pin Pin de Literatura, que reúne escritores renomados para que a gente faça a Semana Edgard Cavalheiro.

Ricardo - E quais foram as principais mudanças que aconteceram na Casa do Escritor, desde a primeira reunião até hoje?
João Rozon - Olha, mudança foi de local, porque o pessoal que costuma frequentar é um pessoal que vem assim com uma certa fidelidade. A Casa do Escritor tem, mais ou menos, 25 a 30 membros, mas que frequenta é metade, então 15 pessoas que são fieis, todas as semanas estão aqui.
Nós começamos nossas reuniões no salão paroquial no ano de 2000, onde gentilmente o Monsenhor Augusto (Alves Ferreira) cedeu aquele espaço para que a gente começasse as nossas atividades lá, porque até então nós não tínhamos sede. Depois nós viemos para a antiga Escola de Comércio, ficamos uma temporada. Depois para a Galeria Casarão, ocupando ali o local destinado ao porão. Depois viemos pro prédio do Museu e Biblioteca, fomos para a Associação Antônio Benedicto Florence, lá na Galeria Casarão. Voltamos aqui pra Biblioteca, e agora vamos voltar novamente na Associação Cultural Antônio Benedicto Florence. Então essa foi a nossa trajetória.
Muitos membros passaram pela Casa do Escritor e por motivos particulares, por mudanças, estudo, estão em outras cidades, mas que até hoje gostam e sempre que podem frequentam a Casa do Escritor.

Ricardo - E como você imagina a Casa do Escritor quando completar mil reuniões?
João Rozon - Olha eu imagino que eles continuem esse trabalho, e que seja assim uma Casa do Escritor com amplo espaço, com muitos associados, e que ela esteja assim dando frutos pra nossa cidade e pra sociedade como um todo.

Ricardo - A Casa do Escritor recebe o nome de Edgard Cavalheiro, que é uma justa homenagem. Se o Edgard estivesse vivo e vendo o trabalho da Casa do Escritor, como você acha que ele estaria se sentindo?
João Rozon - Eu acho que se ele estivesse vivo, com a influência que ele tinha e a capacidade, inteligência, como ele amava a literatura, eu acho que a Casa do Escritor já tinha um grande prédio. Nesse prédio certamente já existiria uma editora, com grandes escritores. Ele estaria produzindo muito e vendendo o nome de Pinhal para o mundo todo, pois ele era um gênio pra fazer esse tipo de promoção e foi um dos pilares da literatura brasileira, escrevendo e editando numa época em que não existia editora, não existia livraria, era uma coisa feita assim com muito suor, sacrifício e no peito a peito.

Ricardo - E aproveitando esse espaço, fale um pouco pra gente sobre os próximos projetos da Casa do Escritor ao longo do ano de 2013.
João Rozon - Nós estamos batalhando para ter a nossa sede própria. Eu acredito que com essa nova administração, que já demonstrou interesse em nos ajudar, acredito que faremos o Memorial  Edgard Cavalheiro, onde abrigaria a Casa do Escritor e também seria uma forma de Pinhal ter essa referência, esse grande nome, que inclusive iria divulgar o nome da nossa cidade, e seria uma fonte de consulta para todas as faculdades, não só da região, mas no Brasil todo, dada a importância desse grande homem que foi.
E, além disso, eu espero que a gente faça esse ano a Semana Edgard Cavalheiro, que é o Pin Pin de Literatura, melhor do que foi o ano passado. Não digo que o ano passado não foi bom. Foi ótimo, mas acho que a tendência é melhorar cada vez mais.
E que todas as pessoas tenham mais consciência dessa parte da cultura na nossa cidade, pois quanto mais cultura é oferecida e o povo tem, mais desenvolvida a cidade, mais feliz torna-se a família e as crianças têm um futuro melhor também.

Ricardo - Para encerrar, deixe uma mensagem aos ouvintes da Rádio Comunidade Viva e aos leitores do blog da Casa do Escritor Pinhalense "Edgard Cavalheiro".
João Rozon - Eu gostaria de deixar aqui a seguinte mensagem: a Casa do Escritor é uma realidade, está indo para o seu 13º ano de existência; completamos agora 500 reuniões; só nos trouxe e nos traz alegria. Aquelas pessoas que querem participar das nossas reuniões, estamos aqui de portas abertas para crianças, jovens e adultos. Não é preciso ser escritor ou saber escrever. Basta comparecer, trazer um texto, ler ou só ouvir. Um bate-papo gostoso, toda quarta-feira, e eu creio que a pessoa que vier não vai se arrepender.